CULTURA DE RUA
Elas fazem bonito!
Nasce a Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop (FNMH2), uma organização só delas, com muitas ideias para debater e um grande espaço para conquistar, sem criação de estereótipos ou convenções e com o toque feminino, a proatividade e a afetividade que lhe são peculiares
POR ALEXANDRE DE MAIO | FOTOS: RAFAEL CUSATO
As conquistas das mulheres são visíveis na nossa sociedade e isso também se reflete dentro do hip hop. Exemplo disso foi a criação de uma organização só delas, com alcance nacional. Ativistas, artistas e simpatizantes de todo país se reuniram para se expressar, debater e reivindicar mais espaço dentro cultura urbana no II Fórum de Mulheres do Hip Hop e criaram, oficialmente, a Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop. “A primeira missão é o fortalecimento. Sabemos que a mulher não está dentro do cenário.
Desde a década 90, temos essa dificuldade de inserção e, em 2011, isso não mudou.” alerta a rapper Sharylaine, de 42 anos, uma das pioneiras do rap em São Paulo. Em sua visão, vale uma crítica ao movimento. “Acho que o envolvimento da mulher diminuiu, o hip hop ficou engessado com eventos específicos, como Festivais, e não se expandiu para outros meios. A inserção de novos ficou mais difícil.”
A FNMH2 surgiu para aprofundar a reflexão e o debate democrático de ideias, além de abrir caminhos em cidades onde as mulheres não conseguem espaço. “Com a Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop, as oportunidades aparecem. Apresentar um projeto em nome da organização causa outro impacto”, afirma Lunna, de 31 anos, que começou no rap com o grupo Livre Ameaça e hoje é uma das diretoras da FNMH2.
Muito além do movimento, a intenção do coletivo feminino é se organizar para, cada vez mais, unir o hip hop com as questões sociais. “Ele tem essa facilidade de trabalhar em conjunto com qualquer outra questão e esse é o nosso objetivo, ou seja, conquistar espaços, demonstrar o trabalho feminino dentro do hip hop e trabalhar questões sobre diversos temas, como saúde, combate à violência doméstica, abuso sexual, pedofilia etc.” A organização segue a passos largos e, em breve, será lançada também no Espírito Santo e no Rio Grande do Sul, em janeiro de 2012, durante o Fórum Social Mundial.
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